1. “A terra está cheia de violência”. Os problemas globais enfrentados atualmente não podem jamais ser entendidos de forma apenas circunstancial. Eles são fruto da rebelião da criatura contra o Criador, fazendo com que vivamos tomados por uma sensação de onipotência — atributo este exclusivamente divino (Gn 17.1). Tal ambição nos foi apresentada desde o início da existência humana, quando a serpente disse a Eva: “Vocês não morrerão, antes serão como Deus” (Gn 3.4,5). Desde esse tempo, a humanidade, distanciada do Criador, não melhorou (Rm 3.23). Como se pode verificar, a civilização antediluviana corrompeu-se de tal forma, que a terra encheu-se de violência (Gn 6.11). Que contraste com o Reino do Messias, que será caracterizado pelo fato de a terra encher-se do “conhecimento do Senhor” (Hc 2.14).
2. A antiga insanidade humana de guerrear. Do homicídio de Abel até a primeira guerra relatada na Bíblia (Gn 4.8; 14.1-11), vemos que a tendência humana não é produzir paz, mas promover a violência (Gn 6.5). O quanto depender de cada um de nós, devemos envidar todos os esforços para que a paz seja real (Rm 12.18). Porém, a paz tão almejada pela humanidade só será possível quando as armas forem transformadas em enxadas (Mq 4.3).
3. A falência do projeto de paz à parte de Deus. A ambição humana de existir à parte de Deus é antiga (Gn 11.1-9). Sem reconhecer que os nossos melhores esforços não podem gerar a tão sonhada paz, a humanidade já atravessou séculos perseguindo — sem sucesso — o mundo idílico. Infelizmente, o paraíso idealizado pelo homem não pode ser construído e muito menos reconquistado sem que este confesse e reconheça o seu Criador (Gn 3.23,24).
Na Idade Média, por distorcer a mensagem do Evangelho, o homem não alcançou a paz e muito envergonhou o nome de Cristo. Com a chegada da Idade Moderna, o homem, achando-se autossuficiente, acreditou que a razão, divorciada de Deus, proporcionaria um mundo perfeitamente pacífico. Porém, o projeto da modernidade faliu com a ocorrência das duas grandes guerras do século passado.
Neste tempo — equivocadamente chamado de pós-moderno — já não há mais esperança de um mundo melhor, pois tudo é incerto. Diante dessa constatação, é preciso reconhecer que Jesus Cristo não prometeu um “mar de rosas”; ao contrário, Ele disse que enquanto aqui estivermos teremos “aflições” (Jo 16.33). Além disso, a paz oferecida por Cristo é diferente da do “mundo”, pois está fundamentada nEle e em seu Evangelho, e não em circunstâncias (Jo 14.27; 16.33).
Extraído: Lições Bíblicas Jovens CPAD 3º Trimestre de 2015
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