quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O primeiro projeto de Globalismo



TEXTO ÁUREO 

“Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra” (Gn 11.9).

VERDADE PRÁTICA 

O globalismo afronta os propósitos de Deus quanto ao povoamento e ao governo da Terra.

INTRODUÇÃO 

Hoje, estudaremos a primeira iniciativa de se globalizar a Terra. Essa apostasia teve lugar em Sinear, na Mesopotâmia. Ali, homens ímpios e dissolutos incitaram a descendência de Noé a aglomerar-se num só lugar, sob um único governante. Foi assim que nasceu o globalismo: uma doutrina contrária ao propósito divino quanto à povoação e ao governo da Terra. Em seguida, veremos como se deu a intervenção do Senhor naquele projeto insano. Num único ato, Deus confundiu a língua dos filhos de Noé, e os espalhou pelos mais remotos continentes e ilhas. Finalmente, constataremos como o Senhor deu início à linhagem piedosa de Israel, chamando o patriarca Abraão a viver pela fé. Que Deus nos ajude a compreender mais esta lição extraída de sua maravilhosa e insondável Palavra. Seja-lhe tributada toda a glória. Amém!

I. A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA 

Neste tópico, veremos que, após o Dilúvio, o Senhor firmou uma nova aliança com Noé. E, assim, o patriarca deu início à segunda civilização humana. Todavia, o seu filho mais novo, rebelando-se, inaugurou outro período de decadência e menosprezo em relação aos mandamentos divinos.

1. A apostasia de Cam e de Canaã. O episódio da vinha de Noé acabou por revelar a irreverência de Cam, o seu filho caçula, e a maldade de seu neto, Canaã (Gn 9.20-29). Tinha início, ali, uma apostasia que, se não fosse a interferência divina, comprometeria a ordem de povoar a Terra. Assim como a cultura caimita induzira os filhos de Sete ao pecado, o modo de vida de Cam e de seu filho, Canaã, pôs-se a influenciar a descendência de Sem e de Jafé ao pecado e à iniquidade (1Co 15.33).

2. O enfraquecimento da doutrina de Noé. Com a multiplicação de seus filhos, Noé começa a perder o controle espiritual e moral sobre estes; sua doutrina já não era seguida como antes. Haja vista que. Cam, seu filho, viu a nudez de seu pai, e propagou-a a seus dois irmãos, um desrespeito à dignidade de Noé (Gn 9.20-24). Sim, faltou muito pouco para que esta nova civilização tivesse o mesmo destino da anterior. Além do mais, Noé não estaria para sempre com os seus descendentes, a fim de refrear-lhes os excessos e desatinos (Gn 9.29).

3. O descaso para com o mandamento divino. Apesar de sua prodigiosa multiplicação, os filhos de Noé ignoraram a ordem divina quanto à povoação da Terra (Gn 9.7). Ao invés de se espalharem, aglomeraram-se desobedientemente num só lugar.

II. O GLOBALISMO DE BABEL 

Naquele estágio, a civilização iniciada por Noé dispunha de todos os fatores, para criar uma sociedade ímpia e globalista: uma só língua, um só povo e uma só cultura. Levemos em conta, igualmente, a ascensão de Ninrode e a tecnologia já acumulada para se construir a cidade e a torre de Babel.

1. Uma só língua e um só povo. Até aquele momento, como já vimos, a humanidade falava um só idioma e constituía-se num único povo (Gn 11.1). Pelo que inferimos do texto sagrado, não havia sequer dialetos ou sotaques; a unidade linguística era absoluta. Aliás, o mesmo se pode dizer de sua cultura. O problema não era a unidade, mas a unificação que se estava formando. Certamente, o Anticristo se aproveitará de uma situação semelhante, a fim de implantar o seu reino logo após o arrebatamento da Igreja (Ap 13.6-8). A ordem de Jesus é que o Evangelho não se concentre em Jerusalém, mas que alcance os confins da Terra (At 1.8).

2. A construção de Babel. Os filhos de Noé não eram ignorantes nem careciam de tecnologia, pois haviam sido capazes de executar o projeto da arca (Gn 6.14-16). E, de tal forma a construíram, que o grande barco resistiu aos ímpetos do Dilúvio. Por conseguinte, a construção de uma cidade, em cujo epicentro havia um arranha-céu, era apenas uma questão de tempo.

III. A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL 

Para salvar a humanidade de si mesma, Deus interveio, confundindo-lhe a língua. Em seguida, dispersou os descendentes de Noé, para que povoassem as mais distantes ilhas e continentes. Em seguida, o Senhor chamou Abraão para ser o pai, na fé, de todas as famílias da Terra.

1. A confusão das línguas. Visando colocar um ponto final naquele projeto, o Senhor Deus desce à Terra, e, ali, em Sinear, confunde a língua daquela civilização (Gn 11.5-7). Desentendendo-se, os filhos de Noé reagrupam-se de acordo com sua nova realidade linguística, e espalham-se por toda a terra. A rebelião daqueles homens fora realmente grande. Mas como Deus havia prometido não mais destruir a humanidade (Gn 9.11), decide espalhá-la para que os homens, separados uns dos outros, tivessem mais oportunidade de sobreviver numa terra contaminada pela apostasia.

2. O efetivo povoamento da Terra. Sabemos que Deus forçou os descendentes de Noé aos confins do mundo (Gn 11.9). Caso isso não tivesse acontecido, aquela geração teria o mesmo destino dos pré-diluvianos. Assim como aquela geração chegou aos confins do mundo, o Senhor Jesus ordena-nos a levar o Evangelho até que todos os povos e nações venham a ouvir as Boas Novas (Mt 28.18-20). Quando isso acontecer, então virá o fim (Mt 24.14).

3. A eleição de Sem. A história de Abraão começa logo após a dispersão de Babel (Gn 11.26-30). Com a eleição de Sem, delineia-se mais claramente o período messiânico, que haveria de culminar em Jesus Cristo, o Filho de Deus (Gn 9.26; Lc 3.23-38). Em sua infinita sabedoria, fez o Senhor duas coisas por ocasião da torre de Babel: dispersou os filhos de Noé e, em seguida, chamou Abraão, para dar continuidade à linhagem messiânica, da qual sairia Jesus, o Cristo, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.

CONCLUSÃO 

A fim de preservar a sua obra, o Senhor Deus promulgou duas ordenanças quanto à sua criação. Em primeiro lugar, a povoação de toda a Terra (Gn 9.7). E, por último, a Grande Comissão, através de Jesus Cristo: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.18-20). Contra o globalismo, cuja missão é submeter o mundo aos caprichos de Satanás, só mesmo a obediência aos termos da Grande Comissão. Evangelização e missões, já. Maranata, ora vem, Senhor Jesus.

Fonte: https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2020/2020-01-09.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário