“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.”
— Tiago 1:27
A Bíblia não define a verdadeira religião como um conjunto de rituais vazios, aparências ou discursos piedosos. Tiago, em sua carta direta e prática, afirma que a verdadeira religião é feita de ação compassiva e integridade moral. Deus não se impressiona com sacrifícios oferecidos por vaidade, mas se agrada daquele que age com justiça, ama a misericórdia e anda humildemente com Ele (Miquéias 6:8).
Cuidar dos órfãos e das viúvas não é apenas uma metáfora — é um chamado concreto. A fé que não se traduz em cuidado com o próximo é estéril. Jesus reforçou isso em Mateus 25:35-40, quando disse:
“Estive com fome, e me destes de comer… o que fizestes a um dos meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”
Além da compaixão, Tiago nos lembra da pureza: guardar-se da corrupção do mundo. Não basta fazer o bem publicamente e alimentar vícios em secreto. A verdadeira religião é aquela que transforma o ser inteiro — mãos, boca e coração.
Jesus também criticou fortemente a religião hipócrita dos fariseus — que lavavam os corpos por fora, mas estavam sujos por dentro (Mateus 23:25-28). A religião verdadeira começa dentro, no coração, mas não termina ali. Ela se espalha pelos gestos, pelas escolhas, pela coragem de amar mesmo quando não há aplausos.
A verdadeira religião, à luz da Bíblia, não é construída por títulos, templos ou tradições humanas. Ela é vivida na entrega humilde, no serviço silencioso, na luta por justiça e na santidade do cotidiano. É uma fé que se ajoelha diante de Deus e se levanta para servir os que sofrem. Praticamente o oposto do que vemos nas igrejas hoje em dia.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense