Somos feitos de histórias, mas histórias não duram. São apenas rastros em areia movida, apagados pelo vento do tempo. O que chamamos de memória é só ruína, pedaços quebrados de algo que já não existe.
A cada dia, perdemos páginas. Primeiro, as mais frágeis. Depois, as que acreditávamos imortais. Não há arquivo, não há lembrança, não há voz capaz de sustentar tudo o que fomos. Somos ruído que se extingue, registro que se desfaz.
No fim, nada resta senão o silêncio absoluto, onde nem mesmo a ideia de história consegue sobreviver.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:
Postar um comentário